quarta-feira, agosto 19, 2009

Experiências vividas ao longo da jornada




University of Namibia -UNAM
Vistas do campus da universidade


A universidade é grande. Campus vasto e bem organizado... Tal como o resto do país.
As aulas prosseguem. A princípio seriam 4 horas por dia, e 16 horas por semana. É intensivo, e realmente é muito tempo. Fui entrevistado, e entrei para o intermédio. Para o básico era impossível, e o avançado na altura não estava disponível. Mas o rítmo das aulas vai muito lento. Primeiro porque o tempo inicialmente proposto não era aproveitado, e porque o sotaque da nossa professora não favorecia para quase principiantes. Era a primeira vez que efectuara contacto directo com o idioma, e era mesmo difícil. Mas depois fomos nos acostumando, e claro, aprendendo. Mas eu próprio notei que o progresso era pouco... Até resolver convidar para a casa uma amiga que havia conhecido antes (eu sempre digo. Não falas, nunca aprendes... a fazer nada!)... Com orgulho posso afirmar que numa tarde de convivcência, eu despertei em mim aquilo que abre o caminho para a actual fluência! Naquele dia aprendi mais do que em 2 meses!

Para vocês que anseiam vir para cá, ou mesmo para um outro país anglófono, saibam. Se não conversam, nunca vão atingir o topo. E por favor, leiam todos os posts, desde os mais antigos, até os mais recentes, porque em cada um deles eu partilho uma experiência característica.

Mulheres e Armadilhas

Para os que vêm aqui pela primeira vez, especialmente os homens, aviso para vocês. É muito bom quando as damas andam atrás de nós. Mas aqui exageram, e fazem de tudo para terem uma relação sexual connosco. E mais: Namíbia tem 24% da população infectada com HIV. E por isso quero que tenham cuidado. Mas muito cuidado mesmo. Não sabemos quem é quem.

Abril - uma rapariga de repente e do nada liga para mim. Era uma garçonete do restaurante Cattle Baron que eu "conheci" ao almoçar uma vez lá, e que havia ficado com o meu número de telefone, mas nunca havia ligado depois disso. Lá estava ela, Janet, com aquele sorriso dos garçons, que queria marcar um encontro, digamos forçado comigo. Pressionou-me psicologicamente para ficar a conhecer a casa em que eu vivia. E de facto conseguiu fazê-lo, pressionou-me. Continuou a pressionar-me até conseguir ser minha "namorada". Assim ela dizia, e de facto começava a me encantar.

Não vou meter mais detalhes sobre esse assunto, mas hoje escrevo com todas as palavras e certezas. Não caiam em armadilhas como essa, digo eu graças a DEUS escapei por pouco do pior que haveria de acontecer. Se ouvirem esse nome por aí a tentar vos seduzir, por favor corram para longe. Ela é humana, mas os problemas que ela acarreta, tenta atirá-los para as costas dos seus parceiros. E arranja um novo parceiro muito rápido realmente. Nem um mês depois de eu encontrar um bom motivo para cortar a relação, ela já estava lá, com uma nova vítima nas garras. E ela chama-os de "amor", o que é de facto um tanto esquisíto... "Amor, onde andas?"

Resumindo: cuidado com as raparigas namibianas. Ou melhor: cuidado com as que andam aqui. Na sua maioria vimos a viver sozinhos aqui, e as tentações toram-se maiores devido à falta de controlo e orientação dos pais.

Ocupações

Nas primeiras semanas, eu acordava, e sentava-me no quintal. Pouco a pouco a cara começava a ficar trancada e azeda. Tudo porque eu não consigo ficar sem fazer nada. Não consigo mesmo. Faz parte da minha natureza. Se vocês são como eu, cedo vão se aperceber do que falo. Há pouca diversão aqui (não falo das mulheres, porque só as lojas vão vos entreter durante um bom tempo, sem querer ser machista.), portanto logo que puderem, e dependendo das vossas condições financeiras procurem o maior número de coisas para fazer. Gostam de viagens? Há muitos lugares para ir fazer turismo. Vão a um safari no Okapuka; fica somente há 30km da cidade de Windhoek; gostam de quadbikes? Vão a Swakopmund; ou ainda ao Parque Nacional do Etosha. Se preferem ficar pela cidade, há inúmeros cursos adicionais por se fazer. Querem ficar em forma, ou já treinavam em Angola/CPLP? Há a cadeia de ginásios Nucleus, ou o Virgin Active, o mundialmente conhecido. Eu pessoalmente entrei para mais um curso, para o ginásio e uma agência de modelos. É básicamente o que eu fazia em Angola. Agora tenho todo o dia ocupado, e assim sinto-me melhor.
Todavia, se não fazem esse tipo de pessoas, se preferem relaxar à sombra da árvore que está no quintal, também é uma boa opção, embora não seja saudável. Comprem uma bicicleta. Um par de patins. Em todos os subúrbios há lugares para esse tipo de recreação.

Escolas

Há várias opções para todos os gostos. Se já falam inglês, ok para vocês. Se ainda não, há inúmeros sítios em que se pode fazer o curso. Eu aconselho vivamente o intensivo da University of Namibia UNAM, por ser o mais prestigiado, ter mais horas lectivas e por estar lá pessoalmente. Há a International University of Management IUM e a tal cujo nome me é desconhecido, mas que ouço chamarem-na de "Escola da Dona Ruth". O nome diz por si. A dona da escola é portuguesa, ou angolana. 90% do tempo é usado para falar o português. Meus caros, se assim pensam que vão progredir... digo eu que o farão muito lentamente. Conheço muita gente que saiu com um diploma mas não fala como devia falar.

E por favor, evitem o português aqui nesse país.

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